21 de nov. de 2012

Escola de Alvorada reproduz iniciativa da BR-448

Foi na Rodoviária de Porto Alegre, enquanto aguardava a tia que chegava de viagem, que Angélica da Silva, de Alvorada/RS, conheceu a Exposição “Que árvore você quer para o futuro? Não faça do lixo a semente” - trabalho do DNIT/RS, realizado pela Gestão Ambiental da BR-448 (STE S.A.).“Cheguei com tempo na rodoviária e me deparei com a exposição, com as fotos e os textos que nos atraem. O que mais me impressionou foi a foto do ursinho e ver ele na árvore”, explica Angélica. Ela é a Vice Diretora da Escola Êxito, de Alvorada, que atende da Educação Infantil ao Ensino Fundamental (até a sexta série) e não perdeu tempo em levar a ideia original para a escola. “Trabalhamos com projetos em todas as idades, e neste ano, estamos desenvolvendo diversas atividades com o tema: Sou parte do mundo e faço a minha parte, que veio ao encontro da exposição”.


Angélica conta que “as árvores” possuem um significado especial. “Quando a professora da 5ª série da escola teve que deixar a turma por problemas de saúde, a educadora substituta, que também havia visto a exposição na Estação Rodoviária da Capital, trouxe para os alunos a Mostra e propôs, dentro do tema da escola, na disciplina de artes, o desenho de uma árvore com tronco , os galhos e as folhas de lixo, e num segundo momento, os alunos foram encarregados de coletar resíduos (lixo) para a construção de uma árvore de acordo com a original. Sobretudo, a árvore representa também o recomeço deles em sala de aula com a nova professora. Foi o resgate da autoestima, de tudo de bom que havia com a professora que saiu e a nova que chegava.Então, fora a proposta, o projeto teve todo um simbolismo diferente para nós”, observa.

Em sala de aula, a professora Fernanda Gutierrez conta como foi o trabalho. “Dividimos a turma em quatro grupos de quatro alunos e, a partir da pergunta: Que árvore você quer para o futuro? cada um deles reproduziu no papel a sua árvore com lixo. Após, fomos para a prática de coletar o material e construir a árvore de lixo”.

Mas como todo projeto pode ter seus complicadores, com a “árvore de lixo” da escola não foi diferente. “Houve uma frustração inicial na montagem, eles estavam sem base de sustentação para a árvore, tentaram com garrafas pet, mas não deu certo”, conta Angélica. A solução foi um galho grande de árvore encontrado próximo à escola que hoje, ao invés de folhas e frutos, carrega lixo de todo tipo e decora a entrada principal do educandário.

“A árvore na frente da escola gerou um impacto muito grande nos pais, que tiveram participação no recolhimento do lixo”, lembra.

Para o aluno Nicolas Jordani, 11 anos, o material que está na árvore precisa ser descartado corretamente. “Nós produzimos esse material em nossas casas e acabam nas ruas”, indigna-se o jovem. A jovem Francielle Pires, 11 anos, aponta que a consequência do descarte irregular de lixo em estradas será de cada um. “Achei esse projeto interessante, pois mostra que se jogamos esse material todo na rua a consequência cairá sobre nós”.

A professora Fernanda reforça a importância e o impacto da mostra. “Quando vi o projeto, achei fantástico. Às vezes não nos damos conta e quando vi que o lixo era das redondezas da Rodovia do Parque fiquei ainda mais fascinada pelo projeto, que veio ao encontro da proposta do colégio”.

A vice diretora reflete sobre o valor da escola e da família na formação do cidadão, a partir da proposta da Gestão ambiental da BR-448. “Hoje, as pessoas batem na tecla sobre que mundo iremos deixar para nossos filhos, mas, por que não fazer a pergunta inversa? “Que filhos vamos deixar para o mundo?”, finaliza.
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