23 de set. de 2013

Conscientização ambiental: da sala de aula à prática

No Dia de Proteção às Florestas, árvores foram transplantadas para uma escola próxima ao Contorno de Pelotas.

Despertar a consciência à importância do equilíbrio ecológico é uma das premissas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), através do Programa de Educação Ambiental (PEA) das obras de duplicação da BR-116/392. Como ato simbólico em comemoração ao Dia de Proteção às Florestas, nesta quarta-feira (17/07), a E.M.E.F. Antônio Joaquim Dias, em Pelotas, recebeu duas árvores transplantadas de uma área de jazida localizada no lote 1-B. A atividade contou com o apoio do Consórcio Contorno, responsável pelas obras neste trecho.


Mais de 300 estudantes, da pré-escola à 8ª série, estiveram envolvidos nas ações realizadas durante todo o dia, desde palestras apresentando a Gestão Ambiental até dicas de segurança no trânsito e distribuição de material educativo e informativo, como a história em quadrinhos “Mão-pelada em: Por um punhado de butiás”. A estudante da 3ª série, Duane da Silva Siqueira, gostou de saber mais sobre o meio ambiente e a relocação efetuada no educandário. “Eu já tinha visto um transplante e vou ajudar a cuidar dessas duas plantas. Agora eu sei que eles não estão colocando as árvores fora”, disse.

Pertencentes a Jazida EC01, de extração mineral de argila, os indivíduos da espécie arbórea jerivá e butiazeiro foram removidos devido ao avanço da atividade na área. O transplante do jerivá, indicado por se adaptar bem ao procedimento e por conta das suas características paisagísticas, foi acompanhado pelas turmas da manhã, enquanto o butiazeiro foi manejado no fim da tarde.

A engenheira florestal da Gestão Ambiental da BR-116/392, Débora Bortoli Sartori, destaca que a espécie deve ser, sempre que possível, transplantada para uma região próxima a de origem, com mesma característica de solo e microclima. “Nos indivíduos de grande porte, para que tenham maior chance de sobrevivência, é realizada a poda e, sempre que possível, um torrão de terra deve ser retirado junto”, disse. Cada espécie nativa protegida por lei que não sobrevive ao transplante deve ser contabilizada no plantio compensatório – o qual estipula o plantio de 30 mudas para cada uma suprimida.

Placas de identificação e telas para proteção foram fixadas aos indivíduos, além dos estudantes terem sido orientados a cuidar das árvores e não chegarem próximo aos locais com movimentação de obra. O vice-diretor da escola, Marcos Luciano Bast Cruz, avaliou a iniciativa. “Ações como esta ajudam na conscientização da preservação do meio ambiente. Hoje, eles puderam ver na prática como isso funciona”, falou.

Nas obras de duplicação da BR-116/392 mais de 1.500 indivíduos já foram transplantados. Além disso, o Programa de Educação Ambiental também trabalha na conscientização da preservação da flora local em escolas próxima ao empreendimento, sendo 12 educandários em Pelotas e 20 em Rio Grande, envolvendo também o plantio de árvores nativas.
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