13 de mai. de 2013

Cresce comércio na Vila de Passagem e comunidade comemora

Habitado há mais de 1 ano, o Loteamento da Vila de Passagem, em Canoas, que abriga provisoriamente as famílias da Vila do Dique beneficiadas pelo DNIT, em parceria com a Prefeitura de Canoas, por meio do Programa de Reassentamento Populacional da BR-448, é um conjunto residencial completo, pois além das moradias, e em acordo com a comunidade, os comércios que haviam na Vila do Dique, também foram transferidos para o loteamento. Conforme levantamento da Equipe Social, no local há quatro estabelecimentos comerciais: uma fruteira, dois bares e um bazar. A fruteira Carão realocada há um mês, junto com a família de Lurdes Vargas, 44 anos, existia há mais de 15 anos no Dique. 


Na Vila de Passagem foi reinaugurada com o nome de Bom Preço e vem conquistando, timidamente, novos clientes, como conta Dona Lurdes. “O movimento aqui é menor, mas temos pouco tempo aqui. Meu marido faz compras na Ceasa uma vez por semana com o nosso carro, ou ele pega emprestada a Kombi do trabalho dele para trazer as frutas e verduras que vendo”, explica. Ocupando um módulo da Vila de Passagem, o estabelecimento Bom Preço oferece além de batata, cebola, tomate, alface, ovos e frutas, o tradicional “sacolé do Dique”, que é vendido em duas versões: o de suco e o cremoso, que inclui leite. “Com os sacolés não temos sossego, até no meio dia batem na porta para comprar. 

Faço mais de 100 sacolés por semana e vendo tudo”. Para a aposentada, Ana Ouribes, 62 anos, que buscava por batata, alface e tomate, a chegada da fruteira de Dona Lurdes é uma tranquilidade. “Agora não precisamos sair daqui para comprar verduras e frutas, tem tudo aqui”, conta. O primeiro estabelecimento a ocupar o local foi o “Bar do Mauro”, que leva o nome do proprietário Mauro Glitzenhirn, de 41 anos, que celebra os bons rendimentos obtidos na Vila de passagem. “Vendo melhor aqui, não preciso trabalhar com a reciclagem, sinto apenas pela borracharia que não consegui trazer para cá. No Dique existia há mais de 20 anos, onde também trabalhava com reciclagem e borracharia, mas aqui sem estes comércios ainda vendo melhor”, observa. No novo endereço, seu Mauro conseguiu dobrar a renda da família. “Vendia R$ 400 reais no Dique, aqui chego a mais de R$ 700 reais mensais”. A esposa Eliane também comemora e aguarda com ansiedade a nova casa e a possibilidade de reabrir a borracharia. Com o fortalecimento do comércio local, as famílias que ocupam o loteamento também ganham, pois tem a possibilidade de acessar diferentes produtos e muitas vezes, por necessidade, conseguir o tradicional “fiado”, trazido do Dique por dona Lurdes. “Trouxe alguns fiados na caderneta, muito comum no Dique”, finaliza.
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