Nesta campanha foi identificado um acréscimo no número de registros de tartarugas de água doce (cágados). A bióloga da Gestão Ambiental Sônia Huckembeck explica que esta incidência está relacionada à época de reprodução das espécies, cujo auge ocorre entre a primavera e o verão. Ainda que possam ficar por longos períodos na água, estes animais completam seu ciclo reprodutivo desovando em ambiente terrestre. Além disso, o deslocamento sobre a pista também está associado à presença de zonas úmidas contíguas às margens da rodovia.
Além das espécies de cágados, foi possível observar um aumento no número de atropelamentos de serpentes e anfíbios. “Muitas serpentes acabam sendo atropeladas, pois utilizam o substrato da rodovia para o aquecimento corpóreo, além de ocorrer o deslocamento em busca de lugares propícios para a reprodução. Com relação aos anfíbios, os atropelamentos também estão relacionados ao período reprodutivo e a fatores climáticos como, por exemplo, a ocorrência de chuva”, afirma Sônia.
Durante o monitoramento, também foi possível resgatar diversos animais que tentavam atravessar a estrada. A equipe alerta os motoristas para que, nos próximos meses, tenham cuidado com a presença mais intensa de diferentes espécies, em especial de anfíbios e répteis. Com base nos resultados obtidos por estas ações, o DNIT projetou a implantação de passagens de fauna em pontos específicos existentes no trecho, visando minimizar os índices de mortalidade e propiciar a travessia de forma segura.