16 de jul. de 2012

Os profissionais da Gestão Ambiental: Engenheiro Florestal

Diferentes profissionais trabalham na duplicação da BR-116/392 para que a obra cause o mínimo impacto ao meio ambiente 

12 de Julho é o Dia do Engenheiro Florestal, profissional que analisa as condições dos ecossistemas para planejar e organizar a exploração sustentável dos recursos da flora. O dia é lembrado, pois no ano de 1073, São João Gualberto, nascido em Florença, na Itália, encerrou a sua jornada como monge beneditino. Ele e outros monges transformavam as áreas selvagens e barrentas onde eram construídos os monastérios, em belos parques arborizados. Por isso, São João Gualberto é reconhecido até hoje como o santo defensor das florestas e protetor dos Engenheiros Florestais. 


 Nas obras de duplicação da BR-392, o engenheiro florestal é responsável pelas atividades que antecedem a obra. Ele faz o chamado Inventário Florestal, identificando as espécies existentes na faixa de domínio do empreendimento e planejando as atividades de supressão, transplante, resgate de epífitas e propagação vegetativa de cactos. Nas obras da rodovia os dois programas ambientais que abrangem as atividades com a vegetação são o Programa de Supressão de Vegetação e o Programa de Resgate de Germoplasma. 

 Segundo a Engenheira Florestal Débora Bortoli Sartori, que trabalha na STE, empresa responsável pela Gestão Ambiental da duplicação da BR-392, as medidas de manejo da vegetação são importantes porque visam o desenvolvimento da obra com a preservação da flora. “As atividades também são realizadas de forma a possibilitar benefícios ao solo, aos recursos hídricos e à fauna”, explica. Um exemplo da importância do trabalho destes profissionais é o corredor de vegetação localizado no quilômetro 38,66 da BR-392, formado por árvores transplantadas dos locais onde a nova pista da rodovia está sendo construída. Estas mesmas árvores, se plantadas afastadas, não teriam a mesma importância ambiental que é desempenhada pelo corredor. No local, onde também deverá ser construída uma passagem de fauna, espera-se que o fluxo de animais aumente, já que as árvores serão fonte de alimentação e abrigo para as espécies. “Através de estudos conseguimos definir as áreas para onde as árvores serão transplantadas e a importância ecológica de cada uma delas, como a do corredor, que deve melhorar o deslocamento dos animais estabelecendo conectividade entre os dois lados da rodovia”, explica Débora. A comunidade também ganha Assim como as árvores transplantadas para o corredor de vegetação, que estão dentro de uma propriedade particular, diversas árvores foram adotadas por moradores de comunidades localizadas próximas à rodovia. Foi o caso da Dulce Helena dos Santos, do Povo Novo, que no início deste ano, teve uma pereira transplantada para seu pátio. “Essa ação fará parte da história desta rodovia e o mais legal é que mostra que em meio ao progresso, existem pessoas comprometidas com o nosso bem estar e com o meio ambiente, o que me deixa muito emocionada”, disse ela. As árvores transplantadas são acompanhadas periodicamente pela Supervisão Ambiental para avaliar sua adaptação ao novo local de plantio. “Apenas 10% dos transplantes realizados até agora não deram certo”, diz Débora. No total, já foram realizados mais de 1.000 transplantes, 50 propagação de cactos, 350 resgates de orquídeas e bromélias e está previsto o plantio de 85.000 mudas para a compensação ambiental das árvores que precisaram ser cortadas ou dos transplantes que não deram certo.
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