Os moradores da Vila de Passagem em Canoas e beneficiados pelo DNIT, através do Programa de Reassentamento Populacional da BR-448 vivem, depois de um ano residindo no loteamento, uma nova realidade frente aos recursos de infraestrutura e os socioambientais disponibilizados as famílias com o objetivo de uma melhora na qualidade de vida.
O trabalho de sensibilização para a mudança de hábitos assumido pelo DNIT/RS, por meio da Gestão Ambiental da BR-448 (STE S.A.) e a parceria da Prefeitura de Canoas entra na fase decisiva com a mudança dos primeiros moradores para as moradias definitivas, iniciada no dia 21/12.
De pranchetas na mão, um livro com fotos da realidade local e canos de PVC recheados com fraldas descartáveis, absorventes e papéis higiênicos, vestindo coletes azuis com identificação, a Equipe de Educação Ambiental promove visitas de casa a casa levando orientações e propondo mudanças num trabalho de construção coletiva, iniciado em 2011 com a realocação temporária da primeira família para a Vila.
O processo adotado e chamado de Ação Vila Limpa consiste em fomentar a prática de hábitos saudáveis no uso da moradia, da racionalização de água, de luz e do descarte correto de lixo, além da de promoção da boa vizinhança, já que a comunidade viveu por décadas sem acesso a infraestrutura e saneamento na Vila do Dique.
A iniciativa de reforço nas ações do cotidiano da comunidade tem resultado em boas práticas, como a da família de Rosana dos Santos, 23 anos, nascida no Dique e residindo há mais de 6 meses na Vila de Passagem. “Nos organizamos com os vizinhos para construir lixeiras e distribuí-las pelo loteamento”, conta. Com relação a segurança, a família Santos também tem buscado soluções. “Combinamos de fazer um muro junto com os vizinhos para termos mais privacidade e segurança”, completa a jovem. Assim como o uso racional dos recursos hídricos e a reutilização da água das piscinas de plástico para lavar as calçadas que vem sendo implementado por alguns moradores.
A plena cidadania está ligada ao comportamento que cada um assume frente a sua comunidade e ao meio onde está inserido, se depender das pequenas e isoladas ações da Vila de Passagem, em Canoas, o processo vem se confirmando.