15 de jan. de 2013

Gestão Ambiental BR-448 comemora criação de berçário de tartarugas

Oito ninhos de tartarugas que buscaram a área da BR-448 para desovar são manejados para local seguro pela equipe de Gestão Ambiental que aguarda com expectativa o momento da eclosão.

Com expectativa e vigília constante, o DNIT/RS, por meio da Gestão Ambiental da BR-448 (STE S.A.) aguarda o momento da eclosão dos mais de 70 ovos de tartaruga distribuídos em oito ninhos que foram manejados para local seguro, próximo ao Rio dos Sinos, em Canoas.


No dia 16/10, a Equipe de Gestão Ambiental foi chamada por colaboradores do lote 3 (Consórcio Queiroz Galvão, OAS, Brasília-Guaiba) que presenciaram a desova de uma tartaruga entre as estacas dos km 18 e 19 da BR-448, onde está sendo construída a elevada, na cidade de Canoas, próximo ao Parque Estadual do Delta do Jacuí. O fato surpreendeu a equipe que atuou em parceria com o biólogo do Lote, Sandro Dourado. “Foi uma novidade em se tratando deste meio de obra, e uma dupla surpresa me deparar com esta situação. Quem relatou o fato foi a equipe de campo que teve a iniciativa de paralisar momentaneamente as atividades e fazer o resguardo do ninho e informar, no dia do manejo, a posição exata onde a tartaruga havia desovado”, conta.

O momento foi captado pelos colaboradores com imagens de celular, que permitiu que a bióloga da Gestão, Suzielle Paiva Modkowski identificasse a espécie como tigre-d’água (Trachemys dorbigni) - quelônio de pequeno porte, muito comum nas áreas baixas do Rio Grande do Sul. Encontrada em rios, riachos, lagoas e banhados, a espécie ocorre no nordeste da Argentina, Uruguai e no sul do Brasil. As fêmeas realizam as desovas entre os meses de setembro e fevereiro, colocando uma média, por desova, de 12 ovos. A incubação dura cerca de 110 dias.

"Devido o ninho encontrar-se em área de risco, pela intensa movimentação das atividades na área, optamos pelo manejo dos ovos para uma área mais segura e com condições apropriadas para o desenvolvimento dos ovos, proporcionando o nascimento dos filhotes de uma forma segura. Escolhemos uma área próxima à obra e a um curso d'água, no caso a margem do Rio dos Sinos, para levar o ninho (km 15) e que fosse também do habitat natural da tartaruga”, informa a bióloga.
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