17 de set. de 2013

BR-448 transplanta mais de 400 árvores

Conservar parte da diversidade genética de exemplares de espécies de árvores imunes ao corte ou ameaçadas de extinção, além de epífitas (plantas que vivem sobre outras plantas) presentes na área de domínio da BR-448, têm sido um dos trabalhos desenvolvidos pelo DNIT, com a Gestão Ambiental na implementação do Programa de Resgate de Fauna e Flora.

Para executar as metas previstas pelo Programa são realizados os transplantes de árvores e a realocação de epífitas quando da abertura de áreas para a construção do empreendimento. O trabalho da equipe inicia com o treinamento do grupo que fará a supressão da vegetação e os procedimentos a serem adotados, seguido da vistoria e liberação das áreas que irão abrigar os espécimes e avaliação fitossanitária (saúde da planta).


Os transplantes da Rodovia do Parque chegam ao mês de julho ao total de 413 árvores realocadas, destes, 153 ocorreram no lote 01, 24 no lote 2 e 236 no lote 3. Conforme a Engenheira Florestal da Gestão, Silvia Aurélio, os espécimes (indivíduos) estão sendo levados para áreas semelhantes às de origem e para locais que necessitem de recuperação ambiental. “Nos últimos procedimentos realizados, foram realocadas árvores para a Área de Preservação Permanente do Canal das Garças, local para onde foram 116 corticeiras-do-banhado, e também para o Parque Getúlio Vargas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Câmpus Canoas e propriedades localizadas próximas a faixa de domínio”, destaca.

Novos procedimentos devem ocorrer junto à interseção 05, em construção no lote 3 (km 21) da rodovia. As atividades serão realizadas nos meses finais do inverno, a fim de garantir a saúde da planta, como explica a engenheira. “Neste período ocorre uma menor circulação da seiva e menor taxa de transpiração das folhas, favorecendo a realização dos transplantes e aumentando o índice de resistência dos indivíduos”, observa Silvia.

Com bom índice de sobrevivência e na fase de finalização da rodovia, a Engenheira antevê o sucesso na execução do Programa. “Com as obras da BR-448 encaminhando-se para a conclusão, já é possível afirmar que o programa teve sucesso e alcançou sua meta, com mais de 65 % de sobrevivência dos indivíduos transplantados”, finaliza.
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