19 de abr. de 2013

Monitoramento dos transplantes na BR-448 aprimora informações

Época propícia, porte, idade e principalmente as condições fitossanitárias (saúde) da árvore, são alguns dos elementos observados no trabalho do DNIT/RS ,por meio da Gestão Ambiental da BR-448 (STE S.A.), antes dos procedimentos dos transplantes.

Um transplante requer muitos cuidados que influenciam diretamente no sucesso de sobrevivência da planta, explica Silvia Aurélio – Engenheira Florestal da Gestão Ambiental, “transplantar uma árvore requer cuidados antes e após o procedimento, que, se não tomados, reduzem as chances de sucesso. Nota-se que a poda correta de galhos e a retirada cuidadosa da árvore do solo para não danificar tronco e raízes, influenciam muito na sobrevivência.”, comenta.


Na BR-448 as relocações das árvores são realizadas na área de influência direta da rodovia de espécies imunes ao corte e ameaçadas de extinção, como corticeiras-do-banhado, figueiras, butiás e jerivás. Após a mudança tem início o monitoramento mensal das mesmas por um período de quatro anos. “No monitoramento é observada a emissão de brotos e folhas novas após o transplante. A brotação normalmente denota o êxito do processo, pois é o principal indicativo visível da “pega” ou medra (desenvolvimento) da árvore. Já a perda de folhas e secagem de galhos é uma manifestação dos sintomas visuais de insucesso do transplante, neste caso, compensados por meio do plantio de 15 mudas da mesma espécie”, destaca Silvia. Outro importante ponto considerado é o novo local da planta. “As árvores são relocadas para locais semelhantes aos de origem, a fim de aumentar as chances de sobrevivência. Normalmente, o transplante é feito em áreas livres da faixa de domínio e próximas de onde as árvores foram removidas” observa.

Para a Engenheira Florestal, o monitoramento realizado em atendimento ao Plano Básico Ambiental (PBA) e a Licença de Instalação (LI) são fontes de subsídios sobre as espécies. “Além do que já foi dito, uma das coisas que vejo como importante no monitoramento mensal que realizamos é a possibilidade de coletar dados sobre os transplantes de tais espécies. Ele permite o aprimoramento da técnica de transplantes de árvores o que pode subsidiar futuramente os órgãos públicos e os profissionais para que possam maximizar seus resultados positivos.

Das 281 árvores já transplantadas, o índice de sobrevivência é de 65%.
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